Viena é a capital da Áustria e a cidade mais populosa deste país contando, ainda, com 2,6 milhões de habitantes em sua região metropolitana o que equivale a cerca de um quarto da população total da nação. Viena é, ainda, a sétima maior cidade da União Europeia e a segunda maior cidade de língua alemã no mundo, depois de Berlim. Desde 29 de dezembro de 1921, a “lei da separação constitucional” classifica-a como um estado, sua posição original mantida desde então.
Viena abriga várias organizações internacionais, como por exemplo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo – OPEP, Organização para a Segurança e Cooperação na Europa – OSCE, abriga uma das quatro sedes das Organização das Nações Unidas – ONU e a Agência Internacional de Energia Atómica – AIEA, todas localizadas no Centro Internacional de Viena. Devido à sua relevância política, Viena é considerada uma das principais cidades globais em diplomacia, bem como relações internacionais.
Viena chegou a ser a quinta maior cidade do mundo, depois de Londres, Nova Iorque, Paris e Chicago, atingindo mais de dois milhões de habitantes por volta de 1910. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, a cidade perdeu, no entanto, cerca de um quarto de sua população.
O Centro histórico de Viena, que é caracterizado como o local de reinado dos Habsburgos, bem como o Palácio de Schönbrunn, são reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Patrimônio da Humanidade.
Viena é uma das cidades com maior qualidade de vida e riqueza no mundo, comparada com base em 39 critérios, tais como fatores políticos, econômicos, sociais e ambientais, em 230 cidades em todo o mundo, sendo eleita a melhor no ranking da Mercer em 2015, pelo sétimo ano consecutivo. A cidade atrai mais de 12 milhões de turistas anualmente.
Economia de Viena
Viena é uma das regiões mais ricas da União Europeia: Atualmente, seu PIB está estimado em cerca de €110 bilhões, representando aproximadamente 25% da produção econômica da Áustria em 2024, o que representa cerca de 0,6% do PIB total da União Europeia. A cidade melhorou sua posição a partir de 2012 no ranking das cidades economicamente mais poderosas atingindo o número nove na lista em 2015. Contudo, a renda per capita em Viena está em torno de €60.000.
O setor de serviços é o mais relevante na economia de Viena, contribuindo com 85,5% do valor agregado bruto. A indústria e o comércio somam 14,5%, enquanto a agricultura tem uma participação insignificante de 0,07%. Apesar disso, a viticultura tem grande importância sociocultural. Os principais setores econômicos incluem comércio, serviços tecnológicos, atividades imobiliárias e a fabricação de bens. Em 2012, Viena foi responsável por 60% dos investimentos estrangeiros diretos da Áustria, consolidando seu papel como centro internacional de negócios.
A queda do Comunismo na Europa
Desde a queda da Cortina de Ferro em 1989, ou seja, com a queda do comunismo, Viena se consolidou como porta de entrada para a Europa Oriental, atraindo 300 sedes de empresas internacionais, como Hewlett Packard, Henkel, Baxalta e Siemens. A cidade aproveita seus laços históricos com a região, herdados do Império Habsburgo, para fortalecer negócios com o Leste Europeu. O número de empresas internacionais continua crescendo, com 159 novas em 2014 e 175 em 2015.
Nos últimos 20 anos, Viena teve de fato um crescimento significativo na criação de novas empresas. Desde 2000, a cidade tem promovido um ambiente empreendedor vibrante, com milhares de novos negócios sendo fundados. Em 2021, mais de 8.000 novas empresas foram estabelecidas apenas na região ao redor de Viena.
Esse crescimento certamente inclui o papel da cidade como um centro importante para startups, especialmente na Europa, atraindo empresas de diversos setores, como tecnologia, inovação e serviços, pois a cidade oferece um ambiente inovador, infraestrutura sólida, e acesso a financiamentos. Além disso, há um ecossistema ativo de suporte a empreendedores, com incubadoras e eventos de networking. Embora não seja o principal hub, como Berlim ou Londres, Viena está definitivamente se consolidando como um lugar atrativo para startups.
História de Viena
No período medieval, Viena estava quase restrita ao Berghof, onde se cultivava vinho. A primeira menção à cidade ocorreu em 881, nos anais de Salzburgo, referindo-se a uma batalha contra os magiares, sem esclarecer se foi na cidade ou na Bacia de Viena. A vitória do rei franco Otão I na Batalha de Lechfeld, em 955, marcou o início do desenvolvimento de Viena e da Áustria.
Em 976, o marquês de Babemberga usou a Marca Oriental para estabelecer o território austríaco na fronteira com a Hungria. No século XI, Viena se tornou um importante centro comercial, e em 1155, o rei Henrique II a tornou sua capital social. No ano seguinte, a Áustria obteve o Privilegium Minus, tornando Viena a residência do Duque.
Após a Terceira Cruzada, o rei inglês Ricardo I foi capturado perto de Viena, em Dürnstein, por volta de 1192. Seu resgate impulsionou a primeira grande expansão da cidade. Em 1221, Viena era a segunda cidade do Ducado da Áustria, com direitos básicos conferidos. Os comerciantes que passavam por Viena vendiam seus bens na cidade, permitindo o estabelecimento de relações comerciais extensas, especialmente ao longo do rio Danúbio e com Veneza, tornando-a uma das cidades mais importantes do Império.
Ameaça do Império Mongol
No século XIII, Viena enfrentou a ameaça do Império Mongol, mas os exércitos recuaram após a morte de Oguedai Cã. Durante a Idade Média, a cidade foi sede da Casa de Babemberga e, em 1440, tornou-se residência da Dinastia Habsburgo, transformando-se na capital do Sacro Império Romano e em um centro cultural de artes, ciência, música e gastronomia. Foi ocupada pela Hungria de 1485 a 1490. Nos séculos XVI e XVII, os exércitos otomanos foram repelidos duas vezes (Cerco de Viena de 1529 e Batalha de Viena, de 1683). Em 1679, a peste bubônica atingiu Viena, matando cerca de um terço da população.
Em 1438, após a eleição do Duque Alberto II da Germânia, Viena tornou-se a residência do Rei dos Romanos do Sacro Império Romano. Durante esse período, os judeus vienenses foram expulsos ou mortos entre 1421 e 1422. Em 1469, a cidade se tornou a sede do bispo e ganhou a Catedral de Santo Estêvão. Na era de Frederico III, Viena não conseguiu garantir a paz contra adversários, especialmente gangues de mercenários. Em 1556, a cidade passou a ser a sede do imperador, após a incorporação da Hungria e da Boêmia aos domínios dos Habsburgos.
Em 1529, Viena foi sitiada pela primeira vez pelos turco-otomanos, mas sem sucesso. A fronteira entre os Habsburgos, o Império Otomano e parte da Hungria ficou próxima, a cerca de 150 quilômetros a leste da cidade, limitando seu desenvolvimento. Contudo, Viena contava com modernas fortificações, que foram essenciais para a defesa durante dois meses. O cerco foi encerrado com a chegada do rei polonês João III, marcando o início da resistência final do Império Otomano na Europa Central.
Invasão Napoleônica
No período das Guerras Napoleônicas, Viena foi por duas vezes, em 1805 e 1809, ocupada pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Em 1804, foi feita a capital de um novo estado – o Império da Áustria. Em 1806, extinguiu-se o Sacro Império Romano, e Viena tornou-se sede do proclamado Império Austríaco. Depois de derrotar Napoleão, a cidade foi tomada e, entre 1814 e 1815, o Congresso de Viena restabeleceu-se, ordenando a situação política na Europa.
Impacto da Revolução Francesa
A Revolução Francesa impactou Viena, levando como resultado à renúncia do chanceler Klemens Wenzel von Metternich em 13 de março de 1848. Sobretudo, isso resultou na Insurreição de Viena em outubro do mesmo ano, em que os militares do império venceram os democratas, levando à execução do líder Robert Blum. Mas em 1850, começou a expansão da cidade com a incorporação dos “subúrbios”, incluindo as ilhas do Danúbio e Leopoldstadt. Finalmente em 1858, derrubaram-se as muralhas da cidade e substituíram-nas pelo anel viário, alinhado com edifícios monumentais, influenciando decisivamente a arquitetura de Viena. Nesse meio tempo culminou na Exposição Mundial de 1873, uma das primeiras iniciativas do tipo na cidade.
Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial não representou uma ameaça imediata a Viena, mas, com o tempo, a cidade começou a sofrer os efeitos do conflito, incluindo uma grave crise de fome. O fim da guerra resultou no desmantelamento da Áustria-Hungria. Em 30 de outubro de 1918, o novo governo foi chamado de Áustria, e, a partir de outubro de 1919, por fim passou a ser conhecida como República da Áustria. Posteriormente, no dia 11 de novembro de 1918, o Imperador Carlos I renunciou e deixou o Palácio de Schönbrunn. No dia seguinte, a Assembleia Nacional Provisória proclamou o Parlamento da República, sediado em Viena.
Arquitetura de Viena
Apogeu do barroco e classicismo
No decurso da reconstrução de Viena até o século XVII , a influência foi em grande parte barroca (gloriosa Viena). Construíram-se muitos palácios já usando desta influência. Alguns dos arquitetos notáveis desta época foram Johann Bernhard Fischer von Erlach e Johann Lukas von Hildebrandt, sendo que o primeiro foi de fato o mais influente do período.
O boom de construção também espalhou-se para fora da cidade. Desde 1704, os subúrbios tinham o seu próprio modelo de construção, com um amplo sistema de montagem interna.
Historicismo:
No século XIX, Viena passou por um período de expansão urbana sobretudo com a construção do Ringstrasse, uma avenida que abriga muitos edifícios monumentais em estilos variados, como o Neo-Renascimento do Parlamento e o Neo-Barroco da Ópera Estatal.
Secessão:
O movimento secessionista, que surgiu no final do século XIX, trouxe inovações artísticas e arquitetônicas. Dessa forma, o edifício da Secessão é um exemplo notável, com sua cúpula dourada e design ousado.
Modernismo e Pós-Modernismo:
No século XX, arquitetos como Otto Wagner e Adolf Loos influenciaram a modernização da cidade, enquanto o pós-modernismo trouxe novas abordagens e experimentações, visíveis em projetos contemporâneos. Viena é um verdadeiro museu a céu aberto, onde estilos variados coexistem, refletindo sua rica herança cultural e histórica. Se você estiver interessado em algum período ou estilo específico, posso fornecer mais detalhes!
Clima de Viena
Viena tem um clima continental úmido, segundo a classificação de Köppen. A cidade tem verões quentes com temperaturas médias a elevadas, de 22 a 26 °C (72-79 °F), com máximas superiores a 30 °C (86 °F) e mínima em torno de 15 °C (59 °F). Os invernos são relativamente frios, com temperaturas médias em torno do ponto de congelamento, e queda de neve que ocorre principalmente entre dezembro e março. No entanto, a Primavera e o Outono são suaves.
Cultura de Viena
A música é antes de tudo um importante legado de sua cultura, onde trabalharam compositores renomados como Mozart, Haydn, Beethoven e Mahler. A cidade tem uma rica tradição em arte e cultura, incluindo teatro, ópera e artes plásticas. O Burgtheater é um dos principais teatros de língua alemã, juntamente com o Akademietheater. O Volkstheater Wien e o Theater in der Josefstadt também são bem conceituados, além disso, há uma variedade de pequenos teatros dedicados a peças de formas experimentais.
Ainda assim a cidade-estado abriga várias casas de ópera, incluindo o Theater an der Wien, o Staatsoper e o Volksoper, este último focado na opereta vienense. Os concertos de música clássica acontecem em locais renomados como o Wiener Musikverein, sede da Orquestra Filarmônica de Viena, conhecida pelo “Concerto do Dia de Ano Novo”, e o Konzerthaus Wiener. Muitas salas de concerto com destaques da música vienense atraem turistas, principalmente obras de Mozart e Johann Strauss (pai e filho).
Principais Festivais em Viena:
- Concerto do Dia de Ano Novo (Neujahrskonzert): Realizado anualmente pela Orquestra Filarmônica de Viena no dia 1º de janeiro, é surpreendentemente um dos eventos de música clássica mais famosos do mundo.
- Festival de Ópera de Viena (Wiener Festwochen): Um festival de artes que acontece entre maio e junho, oferecendo uma rica programação de ópera, teatro, e música.
- Festival de Viena (Wiener Musikverein Festival): Realizado na renomada sala de concertos Musikverein, este festival destaca a música clássica com apresentações de artistas internacionais.
- Festival de Jazz de Viena (Vienna Jazz Festival): Um evento anual de jazz que ocorre durante o verão e apresenta performances de músicos renomados e emergentes.
- Festival Internacional de Cinema de Viena (Viennale): Um festival de cinema que ocorre em outubro e exibe uma seleção de filmes internacionais e austríacos.
- Mercado de Natal de Viena (Wiener Christkindlmarkt): Realizado durante a temporada de Natal, é inegavelmente um dos mercados de Natal mais famosos da cidade, oferecendo uma variedade de artesanato e comidas típicas.
Transporte em Viena
Seu transporte é eficiente, bem organizado e oferece várias opções para se deslocar pela cidade. Aqui estão os principais meios de transporte:
- Metrô (U-Bahn): A rede de metrô de Viena é extensa e conecta as principais áreas da cidade. Existem cinco linhas (U1, U2, U3, U4 e U6), e as estações são bem sinalizadas e acessíveis.
- Ônibus: Viena tem uma rede abrangente de ônibus integrada ao sistema de transporte público que cobre áreas com acesso ao metrô.
- Trens Urbanos (S-Bahn): Os trens urbanos conectam Viena com cidades vizinhas e subúrbios. A rede S-Bahn é útil para viagens mais longas e para acessar áreas fora do centro da cidade.
- Bondes (Straßenbahn): Viena possui uma extensa rede de bondes que serve muitas áreas da cidade. Os bondes são uma maneira prática de viajar pela cidade e oferecem vistas interessantes ao longo do percurso.
- Táxis e Carros de Aluguel: Táxis estão disponíveis em toda a cidade, principalmente em pontos de táxi, é possível chamá-los por telefone ou aplicativos. O aluguel de carros também é uma opção, embora o transporte público seja geralmente mais conveniente.
- Bicicletas e Scooters Elétricas: Viena é amigável para ciclistas, com várias ciclovias, bem como opções de aluguel de bicicletas. Scooters elétricas também estão disponíveis para aluguel e são uma maneira rápida de se deslocar pela cidade.
- Barcos: No rio Danúbio, há serviços de barco que oferecem uma perspectiva diferente da cidade e são uma opção agradável para passeios.
Aeroportos
- Aeroporto Internacional de Viena (Flughafen Wien – VIE): Localizado a cerca de 18 quilômetros a sudeste do centro de Viena.
- Aeroporto de Viena-Donau (Flughafen Wien-Donau – VDO): Localizado no distrito de Donaustadt, principalmente utilizado para voos regionais e de carga.
Além do Aeroporto Internacional, utilizam-se outros aeroportos na Áustria para viajar para ou a partir de Viena, como o Aeroporto de Graz (no sul da Áustria) e o Aeroporto de Salzburgo (no oeste), que estão a algumas horas de carro ou trem de Viena.
Gastronomia de Viena
A saber, sua gastronomia é rica e variada, refletindo uma mistura de influências culturais e tradições locais. Aqui estão alguns aspectos destacados da culinária vienense:
Pratos Típicos:
- Wiener Schnitzel: O prato mais famoso de Viena, feito de carne de vitela empanada e frita, as vezes servido com limão, batatas e uma salada.
- Tafelspitz: Carne de boi cozida servida com vegetais, batatas e um molho de raiz-forte. É um prato tradicional e muito apreciado na cidade.
- Kaiserschmarrn: Uma espécie de panqueca desfiada e caramelizada, frequentemente servida com compotas de frutas ou açúcar de confeiteiro.
Cafés e Confeitarias
- Cafés Vienenses: Os cafés de Viena são icônicos e oferecem um ambiente tradicional para apreciar um café e uma fatia de bolo. Alguns cafés históricos incluem o Café Central, Café Sacher e Café Demel.
- Pastéis e Bolos: Viena é famosa por suas confeitarias que produzem uma variedade de doces e bolos, como a Sachertorte, um famoso bolo de chocolate com cobertura de marmelada de damasco, e a Apfelstrudel (strudel de maçã) além de diversos tipos de tortas.
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